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quarta-feira, 4 de abril de 2007

Destino ---ou ---Traição???????


A ti dedico este post que não existiria se a tua insistencia me não levasse até onde julgava impossível. Ele nasceu da tua vontade, persistindo em arrancar de mim este trabalho, embora imperfeito, ao qual eu não me abalançaria se não fora o quanto que me elucidaste e amparaste. A ti portanto devo tudo o que aqui fica e tudo o que no futuro poderei aqui pôr e ser como ser humano. Por tudo isto e por aquilo que a tua amizade entende, crê no reconhecimento deste teu sincero amigo acima de tudo um grande amigo,que por sinal também te ama muito.





A pouco e pouco,vou chegando,
Não sei a quê. Sei que ,na tarde ruiva,
Já mal respira ,brando,
O vento que só raro ainda uiva.


Só raro. E talvez ingratidão:
Que saudade, porém,de quando,toda a noite,
Na escuridão
Me fustigava o seu açoite!


Nos seus uivos ecoam meus clamores,
Toda a noite alarmavam de alaridos.
Enfurecia-se ele, ou eram seus furores?
Gemia o vento,ou os meus gemidos?


Vinha raptar-me o sono.
E, porta aberta,
O expectante abandono
Me conserva alerta.


Agora vou chegando.
Na planície que a tarde embebe de luz grata,
Mas respirando, o Vento brando
Já me não arrebata.


A que abandono a que outras forças
Vou, pois, chegando, devagar?
A que outra luz a que te esforças,
Viandante exausto, por chegar?


Se alguma voz responde, mal murmura.
Se alguma luz desponta, já vacila
Cairá só silencio,noite escura,
Na planície tranquila?


E de costas no chão, procuro ler,
De bruços sobre o chão, procuro ouvir
Na luz do céu do entardecer,
No sussurar da noite a abrir,


Não sei o quê. Mas vou chegando,
Pois em meus lábios, minhas mãos, são restos
De mal sei quando
Gritos e gestos


Na tarde sossegada,
Sem armas, sem escudo,
Chegando a quê? Talvez a nada
Talvez a tudo.

**José Régio

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